16 março 2007

Bolha já estourou, diz criador da sigla Bric

O’Neill, do Goldman Sachs: "Se Brasil crescer 3,5% por 40 anos, será potência."

A bolha no mercado imobiliário americano já estourou há seis meses. Mas como a economia mundial passar por um bom momento, o desaquecimento da economia dos Estados Unidos não trará maiores complicações, avalia Jim O'Neill, economista-chefe global da Goldman Sachs e famoso por ter criado a expressão "Bric", que indica os países que serão as potências mundiais em 2050 (Brasil, Rússia, Índia e China).
Na avaliação de O'Neill, se havia um momento para a economia americana esfriar, este momento é agora. "É quase perfeito", afirmou. A razão de sua tranqüilidade é que, graças a Índia e China, entre os emergentes, e Japão e Alemanha, entre os desenvolvidos, a economia mundial vai bem. Ele projeto que o mundo vai crescer acima de 4% este ano e em 2008. Com isso, vai ser mais fácil absorver o desaquecimento americano, que deve ter taxas, em 2007 e 2008, abaixo das médias que vinha registrando.
Bons indicadores econômicos, como reservas externas em alta e superávits comerciais, vêm permitindo que as economias menos desenvolvidas passem bem pelos recentes sobressaltos do mercado. "O que vimos nos últimas dois dias e nas últimas duas semanas é quão bem preparados estão os países em desenvolvimento para lidar com a volatilidade extrema", diz.
O'Neill falou com a imprensa em um hotel ontem em São Paulo. O economista inglês veio ao Brasil para acompanhar o lançamento do banco do Goldman no país.
Sobre o Brasil, ele traçou um cenário dos mais otimistas. Se o país mantiver uma taxa de crescimento de 3,5% ao ano, pelos próximos 40 anos, será em 2050 a "quinta ou a sexta" maior economia do globo. "Para um país que tem os recursos que o Brasil tem, isso é fácil", diz.
O economista avalia que há uma preocupação "exagerada" com o crescimento econômico no país. Ele acha que a meta de inflação (e seu cumprimento) é que deveria ser a preocupação central. Preços baixos criam um ambiente favorável a toda a economia, dos investidores às classes mais baixas.
(Fonte: Valor Econômico)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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19:11  

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